
Cirurgias
Nós prezamos pela segurança dos nossos pacientes. Por isso, todas as cirurgias otorrinolaringológicas são realizadas apenas em hospitais de excelência da cidade de São Paulo, como o Hospital Alemão Oswaldo Cruz, o Hospital Samaritano, o Hospital Albert Einstein, o Hospital São Camilo e os hospitais da rede D'or.
Locais de atuação



Cirurgia para ronco e apneia do sono
A faringoplastia expansora faz parte do grupo de procedimentos conhecidos como cirurgia do ronco ou cirurgia para apneia do sono. O objetivo da cirurgia é melhorar a estabilidade dos tecidos da garganta e controlar a ocorrência do ronco e da apneia do sono. O ronco é sinal de que existe um estreitamento na faringe durante o sono e o resultado da vibração dos tecidos dessa região. Quando essa obstrução é mais intensa, pode impedir a passagem do ar parcialmente ou completamente, gerando uma doença conhecida como apneia obstrutiva do sono. A apneia obstrutiva do sono é muito mais comum do que se imagina. Cerca de 1 a cada 3 adultos apresentam a doença. O paciente com apneia do sono apresenta episódios repetidos de obstrução da garganta que levam à queda da saturação do oxigênio no sangue e interrupção do sono. Em casos graves, isso pode acontecer mais de 30 vezes por hora. Está comprovado cientificamente que dormir mal reduz a qualidade de vida e gera muitos prejuízos para a saúde do corpo e da mente. Neste artigo você vai encontrar os seguintes tópicos: 1. Quais os sintomas da apneia obstrutiva do sono? 2. Qual a causa da apneia obstrutiva do sono? 3. Como diagnosticar a apneia obstrutiva do sono? 4. A cirurgia do ronco funciona? 5. Qual a diferença entre a uvulopalatofaringoplastia e a faringoplastia expansora? 6. Cuidados após a faringoplastia expansora 1. Quais os sintomas da apneia obstrutiva do sono? A apneia obstrutiva do sono é uma doença caracterizada pela obstrução repetida e intermitente da garganta, o que leva a queda da saturação de oxigênio no sangue e a fragmentação do sono. Os principais sintomas são: - ronco - sono fragmentado - sono não reparador: dormir e ter a sensação de que não descansou - episódio de paradas da respiração, geralmente observados por outra pessoa - excesso de sono durante o dia - acordar com a boca seca - dor de cabeça ao acordar - aumento da transpiração durante o sono - acordar 2 ou mais vezes para urinar Pessoas que não dormem bem podem apresentar cansaço, irritabilidade, problemas de memória, dificuldade de concentração e depressão O cansaço aumenta o risco de acidentes de trabalho e de trânsito. Além do impacto na qualidade de vida, a apneia obstrutiva do sono também aumenta o risco de doenças como infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral e doenças metabólicas como diabetes mellitus e dislipidemia. A apneia do sono pode piorar a gravidade de doenças preexistentes, como hipertensão arterial, insuficiência cardíaca e arritmias. Crianças também podem apresentar apneia obstrutiva do sono e os sintomas podem ser bastante diferentes dos apresentados pelos adultos. A privação de sono na infância pode gerar irritabilidade, agitação motora, agressividade e sono agitado. Muitas vezes, esses sintomas são confundidos com transtorno do déficit de atenção e hiperatividade, quando na verdade, trata-se de um problema respiratório. 2. Qual a causa da apneia obstrutiva do sono? O principal fator de risco para o ronco e a apneia obstrutiva do sono é o excesso de peso. Características da anatomia da face e da faringe também podem contribuir: retroguinatismo (queixo pequeno e para trás), excesso de tecido na faringe, amígdalas e adenoide aumentadas. Esses dois últimos fatores são especialmente comuns em crianças. O desvio do septo nasal e a hipertrofia dos cornetos nasais podem contribuir para a piora do quadro. 3. Como diagnosticar a apneia obstrutiva do sono? A melhor forma de diagnosticar a apneia obstrutiva do sono é através do exame de polissonografia basal tipo 1. O exame, também conhecido como exame do sono, avalia diversos parâmetros, como as ondas cerebrais, os movimentos dos braços, das pernas e dos músculos do rosto, os movimentos respiratórios, o fluxo de ar nasal e oral, os batimentos cardíacos e a saturação de oxigênio no sangue. A polissonografia pode ser realizada em um laboratório do sono (neste caso, o paciente passa uma noite no local) ou na casa do paciente. No exame domiciliar, um técnico vai até o local para montar aparelho e retorna no dia seguinte, para desmontar. Existem outras modalidades de exame de polissonografia, cada um com suas vantagens e desvantagens. O médico do sono saberá indicar a melhor opção para cada caso. 4. A cirurgia do ronco funciona? O tratamento da apneia obstrutiva do sono envolve vários aspectos. Um deles, é o controle do peso, uma vez que o excesso de peso é o principal fator de risco para a doença. O CPAP é a modalidade de tratamento mais difundida e mais indicada nos casos de apneia moderada e grave. Outras alternativas de tratamento clínico são o aparelho intra-oral, a terapia posicional e a terapia miofuncional. A cirurgia deve ser considerada em casos em que existe uma alteração anatômica que se corrigida, pode resultar em controle da apneia e nos casos em que o paciente não deseja utilizar o CPAP ou o aparelho intra-oral. Existem diversas técnicas cirúrgicas para o tratamento da apneia obstrutiva do sono e a escolha da técnica depende de uma avaliação minuciosa e individualizada. Se o procedimento for bem indicado, respeitando-se as características clínicas de cada paciente, existe uma grande chance da cirurgia funcionar. Fica aqui um alerta: não existe uma única técnica que funcione em todos os casos e não são todos os pacientes que tem indicação de operar! O médico do sono saberá avaliar se o caso é cirúrgico e qual a melhor técnica a ser empregada. 5. Qual a diferença entre a uvulopalatofaringoplastia e a faringoplastia expansora? A uvulopalatofaringoplastia é a cirurgia mais difundida para o tratamento do ronco e da apneia obstrutiva do sono. O primeiro passo dessa cirurgia é a retirada das amígdalas. Depois, o cirurgião realiza uma pequena incisão no palato mole, para aumentar o espaço na garganta. Por fim, são realizados alguns pontos nesta região. Esta cirurgia não aborda os músculos da garganta. A uvulopalatofaringoplastia costuma apresentar bom resultados em pacientes com amígdalas grandes (graus 3 ou 4). A faringoplastia expansora, por sua vez, aborda os músculos da garganta, com o objetivo de melhorar a estabilidade da região. O passo inicial também é a retirada das amígdalas. Depois, o cirurgião disseca e reposiciona o músculo palatofaríngeo. Esta cirurgia pode ter bons resultados em pessoas com as amígdalas grandes e pequenas. 6. Cuidados após a faringoplastia expansora Após a cirurgia do ronco, o paciente pode receber alta hospitalar no mesmo dia ou no dia seguinte. Como a cirurgia acontece em um local muito sensível, é comum que o paciente sinta dor e dificuldade para se alimentar durante as primeiras semanas. Isso é normal. A recuperação costuma levar em média 3 semanas, mas é comum que alguns pacientes levem mais tempo. Por isso, é preciso ter paciência e contar com um médico acessível e de confiança. Os cuidados após a cirurgia do ronco incluem: - Evitar esforço físico por 1 mês - A alimentação deve ser líquida ou pastosa e fria ou em temperatura ambiente durante a primeira semana. Deve-se evitar alimentos duros. A partir da segunda semana, a progressão da dieta ocorrerá de acordo com a recuperação do paciente. - Evitar falar muito, pois isso pode piorar a dor. - Beber bastante água. A desidratação provoca mal estar e piora a dor. Caso tenha alguma dúvida sobre ronco, apneia obstrutiva do sono cirurgia do ronco, entre em contato e agende uma consulta com um médico do sono da nossa clínica.
Septoplastia
O septo nasal é uma estrutura que divide a cavidade nasal em lados direito e esquerdo. É formado por uma porção cartilaginosa e por uma porção óssea. Quando o septo nasal está desviado, pode bloquear a cavidade nasal, impedindo a passagem do ar parcial ou completamente. Quando isso acontece, o paciente apresenta congestão nasal e dificuldade para respirar pelo nariz. É importante frisar que a congestão nasal não é sintoma exclusivo do desvio do septo nasal. Esse sintoma também pode estar presente em quadros de rinite alérgica, rinite medicamentosa, sinusite e polipose nasal. Por isso, é importante consultar o médico otorrinolaringologista para que o tratamento será dirigido para a causa da obstrução nasal. O tratamento do desvio do septo nasal pode ser cirúrgico, porém nem todo caso precisa de cirurgia para correção do desvio do septo nasal. Neste artigo, você vai encontrar os seguintes tópicos: 1.Sintomas do desvio do septo 2.Quais as causas do desvio do septo? 3. Como diagnosticar desvio do septo? 4. Quando a septoplastia está indicada? 5. A septoplastia ajuda a resolver o ronco? 6. A partir de qual idade é possível se submeter à septoplastia? 7. Como é a cirurgia de septoplastia? 7. Quais os cuidados pós-operatórios da septoplastia? 1. Sintomas do desvio do septo Pacientes com desvio do septo costumam apresentar um ou mais dos sintomas listados abaixo: - nariz entupido - dificuldade para sentir os cheiros (hiposmia) - dor de cabeça - dor no rosto - dificuldade para respirar pelo nariz - respiração oral - ronco - voz anasalada 2. Quando o desvio do septo bloqueia a drenagem dos seios da face, o paciente pode apresentar sinusites de repetição. 3. Quais as causas do desvio do septo? O desvio do septo pode acontecer por diversas causas. A criança pode nascer com um leve desvio do septo, que pode ir se acentuando à medida em que a criança for crescendo. É comum que trauma de face com ou sem fratura nasal provoque desvio do septo nasal. Geralmente, nesses casos, a septoplastia é necessária para restaurar a respiração pelo nariz. 4. Como diagnosticar o desvio do septo? O desvio do septo nasal pode ser diagnosticado durante o exame físico otorrinolaringológico. O exame de nasofibrolaringoscopia ajuda a identificar o local exato do desvio, assim como a gravidade. Este exame pode ser realizado durante a consulta médica e não precisa de preparo ou de anestesia. A tomografia computadorizada da face ou dos seios da face é um exame radiológico que mostra a anatomia da cavidade nasal e dos seios paranasais e que pode ser útil no planejamento da cirurgia do desvio do septo nasal. 5. Quando a septoplastia está indicada? A cirurgia para correção do desvio do septo nasal está indicada quando o desvio do septo provoca obstrução nasal e dificuldade para respirar pelo nariz. Pessoas que não respiram pelo nariz costumam apresentar pior qualidade de vida. Em crianças, os impactos de não respirar pelo nariz são ainda maiores, pois isso pode afetar o desenvolvimento da face. O desvio do septo nasal pode provocar dor no rosto, dor de cabeça e sinusite de repetição. Nesses casos, o paciente pode se beneficiar da septoplastia, mesmo que não apresente muita congestão nasal. 6. A septoplastia ajuda a resolver o ronco? Na maior parte dos casos, a cirurgia para correção do desvio do septo nasal, isoladamente, não é o suficiente para resolver o ronco. Nestes casos, a cirurgia de correção do desvio do septo pode ser realizada como um passo do tratamento do ronco, já que para parar de roncar, é preciso que o nariz esteja funcionando bem. 7. A partir de qual idade é possível se submeter à septoplastia? A septoplastia pode ser realizada a partir da adolescência, após o desenvolvimento completo dos ossos da face e do nariz. Antes disso, a cirurgia também pode ser realizada, porém de forma conservadora, já que a criança ainda está em crescimento. 8. Como é a cirurgia de septoplastia? A cirurgia de correção do desvio do septo é realizada em centro cirúrgico, com o paciente anestesiado. O cirurgião fará um pequeno corte na porção anterior do septo, através da qual acessará o local do desvio. O objetivo é remover o desvio e deixar o septo o mais reto possível. Após a correção do septo, a mucosa é reposicionada. Nossos médicos otorrinolaringologistas realizam a cirurgia através de videoendoscopia, o que torna o procedimento mais seguro e minimamente invasivo. Na maior parte das vezes, não é necessário utilizar tampão nasal ou qualquer outro tipo de curativo dentro do nariz. 9. Qual os cuidados pós-operatórios da septoplastia? Após a cirurgia, o paciente será orientado a: - não praticar esforço físico e atividades físicas durante 3 a 4 semanas - não assoar o nariz durante a primeira semana após a cirurgia - lavar o nariz com soro fisiológico - utilizar as medicações prescritas pelo seu médico - a evitar alimentos muito quentes nos primeiros dias após a cirurgia A intensidade da dor pós-operatória depende da extensão da cirurgia e de características individuais. De uma forma geral, a dor costuma ser leve e melhora com analgésicos simples. A septoplastia pode contribuir muito para a melhora da qualidade de vida e para o sucesso do tratamento de ronco e de apneia obstrutiva do sono. Se você sofre com congestão nasal ou se tem alguma dúvida sobre a cirurgia para corrigir o desvio do septo, agende uma consulta com um dos especialistas da nossa clínica.
Turbinoplastia
Os cornetos nasais inferiores localizam-se nas paredes laterais das cavidades nasais, inferiormente e ocupam toda a extensão do nariz. Essas estruturas são responsáveis pela umidificação, aquecimento, filtração e direcionamento do ar. Em algumas situações, como na rinite alérgica e na sinusite crônica, o volume dos cornetos nasais inferiores pode aumentar a ponto de impedirem a passagem do ar. Quando isso ocorre, a pessoa costuma apresentar coriza e congestão nasal. Quando esses sintomas não melhoram com o uso de medicações e com o tratamento da condição clínica, a cirurgia de redução dos cornetos nasais pode ser indicada. 1. Como é a cirurgia de turbinoplastia? A cirurgia é realizada em centro cirúrgico, com o paciente anestesiado. O cirurgião utiliza um sistema de vídeo e o procedimento não deixa cicatrizes externas e também não modifica o formato do nariz. Os médicos otorrinolaringologistas da nossa clínica realizam o procedimento com laser, o que reduz o risco de sangramento, torna o procedimento mais seguro e permite que o paciente saia da cirurgia sem a necessidade do uso de tampão nasal. 2. Quais os cuidados pós-operatórios da turbinoplastia? - Repouso relativo - Dieta leve e morna nos primeiros 3 dias - Não assoar o nariz durante a primeira semana - Lavar as fossas nasais com soro fisiológico - Utilizar corretamente as medicações prescritas pelo médico cirurgião - Reavaliações periódicas em consultório médico para limpeza nasal
Cirurgia endoscópica nasal minimamente invasiva
A cirurgia endoscópica nasal é o nome dado para o conjunto de procedimentos cirúrgicos aplicados no tratamento de alterações funcionais do nariz, como o desvio do septo nasal, hipertrofia dos cornetos nasais, pólipos nasais e sinusite crônica. Esses procedimentos são realizados por videoendoscopia. A ótica e os instrumentos são introduzidos através das narinas do paciente, sem a necessidade de cortes externos. O médico otorrinolaringologista realiza as correções necessárias para restaurar o bom funcionamento do nariz, sempre procurando preservar as estruturas nasais e a provocar o menor trauma de mucosa possível, tornando o procedimento minimamente invasivo. A utilização de laser contribui para isso, pois ele provoca menos dano térmico à mucosa nasal, reduz o risco de sangramento e permite que a recuperação pós-operatória seja mais rápida. Com esta técnica, não é necessário utilizar curativo e tampão nasal. Após a cirurgia, o paciente permanece em observação no hospital durante algumas horas e geralmente, pode receber alta no mesmo dia. A obstrução nasal e a dor, que costuma ser leve e ceder com analgésicos comuns, tendem a se resolverem até o final da segunda semana. Características individuais e a extensão da cirurgia podem fazer com o que período de recuperação seja mais prolongado. O pós-operatório exige alguns cuidados: - Evitar esforço físico durante pelo menos 3 semanas - Não assoar o nariz durante a primeira semana após a cirurgia - Lavar o nariz com soro fisiológico em abundância. Isso ajuda a remover as crostas, reduz o risco de infecções e acelera a recuperação pós-operatória. - Utilizar as medicações prescritas e comparecer nos retornos pós-operatórios
Amigdalectomia
As amígdalas são estruturas localizadas nas paredes laterais das gargantas e tem como função principal, o reconhecimento de vírus e de bactérias e a produção de anticorpos. A cirurgia de retirada das amígdalas (amigdalectomia) tem indicações bastante precisas e não deve ser realizada em todo paciente. As principais indicações da amigdalectomia são: - ronco - respiração oral - sono agitado - apneia obstrutiva do sono - amigdalite bacteriana de repetição - amigdalite crônica caseosa - hipertrofia das amígdalas (gerando obstrução da garganta, alteração da deglutição, alteração da voz, dificuldade respiratória) Neste artigo, você vai encontrar os seguintes tópicos: 1. Sintomas da hipertrofia de amígdalas 2. O que é amigdalite de repetição 3. Tirar as amígdalas faz mal? 4. Amigdalectomia em crianças 5. Amigdalectomia em adultos 6. Como é a cirurgia de retirada das amígdalas? 7. Cuidados pós-operatórios da amigdalectomia 1. Sintomas da hipertrofia de amígdalas A hipertrofia das amígdalas é o nome dado para o aumento do tamanho das amígdalas. O sintoma mais comum da hipertrofia das amígdalas é o ronco e a dificuldade para respirar com a boca fechada. Algumas pessoas podem apresentar alteração de fala, sono agitado e apneia obstrutiva do sono. 2. O que é amigdalite de repetição A infecção das amígdalas pode ser provocada por vírus e por bactérias. A amigdalite viral não requer o uso de antibióticos e o seu tratamento consiste no alívio da dor. Já a amigdalite bacteriana sempre deve ser tratada com antibiótico, para o controle da infecção, prevenção de complicações (como o abscesso periamigdaliano, por exemplo) e a prevenção da febre reumática. Existem critérios para diagnosticar a amigdalite de repetição. O paciente precisa ter apresentado 7 episódios de amigdalite bacteriana em um ano; ou 5 episódios em 2 anos ou 3 episódios por ano, durante 3 anos consecutivos. 3. Tirar as amígdalas faz mal? Apesar das amígdalas terem um papel importante para a defesa do corpo, a cirurgia para remoção das amígdalas não diminui a imunidade. As amígdalas são apenas uma das estruturas responsáveis pelo reconhecimento de vírus, de bactérias e pela produção de anticorpos. Existem muitos outros órgãos espalhados pelo corpo, com essa mesma função. Quando as amígdalas são muito grandes, a voz pode ficar um pouco anasalada durante os primeiros dias após a cirurgia. Essa alteração é transitória e na maior parte das vezes, não requer nenhuma medida adicional. A cirurgia para retirada das amígdalas, quando bem indicada, traz muitos benefícios para o paciente e melhora a sua qualidade de vida. 4. Amigdalectomia em crianças A principal indicação de amigdalectomia em crianças é a hipertrofia das amígdalas, levando a dificuldade respiratória, ronco, sono agitado e respiração oral. Crianças com alterações do sono podem apresentar agitação, dificuldade de aprendizagem e de concentração, quadro muitas vezes confundido com transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). Por isso, se você suspeita que o seu filho possa ter TDAH, pergunte ao seu médico se isso pode ter relação com algum sono distúrbio do sono. Crianças também podem apresentar amigdalite de repetição. Nesses casos, a amigdalectomia pode ser considerada como uma opção de tratamento. É bastante comum realizar a amigdalectomia em conjunto com a cirurgia de remoção da adenoide (adenoidectomia). A adenoide é uma estrutura linfóide que se localiza na região posterior do nariz e que quando está aumentada, pode provocar nariz entupido, ronco, respiração oral e alterações do sono. Crianças com dificuldade para respirar pelo nariz e que respiram predominantemente pela boca podem apresentar alterações no desenvolvimento da face, palato duro (céu da boca) estreito e fundo, fraqueza nos músculos da face, alterações no desenvolvimento dos dentes, alterações posturais e problemas de comportamento e de aprendizagem. 5. Amigdalectomia em adultos Adultos e adolescentes também podem precisar da cirurgia para retirada das amígdalas. Isso acontece com frequência quando apresentam quadros de amigdalite bacteriana de repetição ou complicações da infecção, como a formação abscesso periamigdaliano. O abscesso periamigdaliano acontece durante o curso de uma amigdalite bacteriana, com a formação de uma coleção de pús ao lado da amígdala afetada. Na maior parte dos casos, o uso de antibióticos na veia é o suficiente para resolver o abscesso. Porém, a remoção das amígdalas pode ser considerada posteriormente, como forma de prevenção de novas amigdalites e abscessos periamigdalianos. A cirurgia de remoção das amígdalas também pode ser considerada em pacientes com amigdalite crônica caseosa. É comum que pessoas com amigdalite crônica caseosa se queixem de saída de uma massinha branca e com cheiro ruim de suas gargantas. Isso acontece quando há acúmulo de restos alimentares e de células mortas no interior das criptas (pequenos buraquinhos) amigdalianas, gerando desconforto local e mau hálito. A amigdalectomia também pode ser considerada em pacientes que roncam e que apresentem apneia obstrutiva do sono. Nesses casos, a retirada das amígdalas é um passo do tratamento, que frequentemente requer a realização de outros procedimentos cirúrgicos, como a faringoplastia expansora, por exemplo. 6. Como é a cirurgia de retirada das amígdalas? A amigdalectomia é realizada em ambiente hospitalar com o paciente anestesiado. A cirurgia é realizada através da boca, sem a necessidade de cortes externos no pescoço. O médico fará uma pequena incisão dentro da garganta, a qual será utilizada para descolar e remover completamente a amígdala. Após a retirada da amígdala, o médico realizará cauterização dos pontinhos de sangramento e pode ou não realizar alguns pontos na mucosa. Esses pontos caem sozinhos e não precisam ser retirados no consultório médico. Após a cirurgia, o paciente permanece em observação durante um período de 6 a 12 horas e se tudo ocorrer bem, receberá alta para sua casa. 7. Cuidados pós-operatórios da amigdalectomia A cirurgia para retirada das amígdalas deixa a região da garganta bastante sensível, por isso é comum o paciente apresentar dor para engolir e dificuldade de se alimentar nos primeiros dias. Também é muito comum apresentar dor de ouvidos. Isso acontece por causa inervação da região e não deve ser confundida com otite. O paciente deve seguir as seguintes recomendações: - Evitar esforço físico e atividades físicas durante 4 semanas. Isso é muito importante para prevenir sangramento e piora da dor. - Na primeira semana após a cirurgia, comer alimentos líquidos ou pastosos e de preferência, frios ou em temperatura ambiente. Sorvete, açaí e gelatina são boas opções para estimular o apetite, principalmente das crianças. É recomendado evitar alimentos duros e que precisem de muita mastigação, como granola e carnes. Após esse período, a progressão da dieta vai depender da recomendação do médico e da recuperação do paciente. - A desidratação pode piorar a dor e o mal estar, por isso, recomenda-se que o paciente beba bastante água e outros líquidos, de forma a se manter bem hidratado. - O paciente deve realizar sua higiene bucal de forma habitual, apenas tomando cuidado na hora de escovar a parte posterior da língua. O médico pode recomendar o uso de enxaguantes bucais sem álcool para gargarejos, a partir da segunda semana de pós-operatório. A dor costuma ser amenizada com o uso de medicamentos e geralmente, dura em torno de 14 dias. Porém, a recuperação depende de fatores individuais e algumas pessoas podem apresentar dor mais intensa e recuperação mais lenta. Por isso, é importante contar com um médico de confiança e que esteja disponível para apoiar o paciente durante seu processo de recuperação. Caso tenha alguma dúvida em relação à amigdalectomia, entre em contato com a nossa clínica e agende uma consulta com os nossos otorrinolaringologistas.
Timpanotomia para colocação de tubo de ventilação
O acúmulo secreção no ouvidos médios (otite média secretora) pode provocar perda auditiva, atraso de fala e predispor o paciente à infecções de ouvidos. Quando a otite média secretora torna-se crônica, é necessário realizar a drenagem dessa secreção e a colocação de um tubinho de ventilação na membrana timpânica. Esse procedimento é realizado sob anestesia geral e o pós-operatório costuma ser indolor ou pouco doloroso. Cuidados pós-operatórios da timpanotomia para colocação de tubo de ventilação: - Não deixar entrar água nos ouvidos - Utilizar a medicação prescrita pelo médico otorrinolaringologista